quinta-feira, julho 06, 2006

Mais uma invasão francesa

Mais uma vez. Mais um penalty. Mais uma meia final perdida. Mais uma vez, e como sempre a frança, mais uma vez e como sempre zizou. São 5 e 30 da manhã, acabei de chegar a casa, não tão bebado como esperava antes do jogo, não tão contente como esperava, definitivamente não tão aliviado como tambem esperava. E sim, digo esperava, porque desta vez eu esperava, esperava ver Portugal, e vi. Portugal deu tudo, matou-se pela vitória, caiu de pé.... mas caiu.
Portugal quase chegou a final, o Figo quase marcou, o Ricardo quase defendeu o penalty, o árbito quase assinalou o nosso penalty, o Ronaldo quase partiu tudo, mas nada disso aconteceu de facto, o que de facto aconteceu foi que fomos novamente roubados do sonho, com a promessa de que da proxima vez será melhor. Mas até quando vamos nós ser o país do quase, e realmente ganhar algo? Não sei, mas ainda bem que o zidane não vai estar lá. Esse senhor que para mim sempre foi grande mas não um predestinado para o futebol que alterou a minha opinião não ontem porque ontem não fez muito (excluindo matar Portugal) mas que no sabado passado fez aos 34 anos uma das poucas exibições de completo domínio de jogo que eu vi. O Brasil não fez muito mas o zidane parecia um Deus no campo, como eu ja não via desde o Maradona. Se ele tivesse jogado assim com Portugal, se a frança tivesse jogado toda como com o brasil, eu diria parabens, mereçeram, ate á proxima. Mas a verdade é que não mereçeram, e a nós só nos resta a vitória moral como sempre.
Agora é tentar vençer a Alemanha e conseguir o 3º e esperar a próxima, como sempre. E espero ao contrario de muitos que a proxima seja tambem com o Scolari, que tambem como Portugal foi grande. E agora ver a final e torçer por Itália, porque como dizem aqui no brasiu o zidane... que se dane.
Abraços e beijos pra tutti e força Itália

quarta-feira, julho 05, 2006

Luto ou Luta?

NEVOEIRO
Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
define com perfil e ser
este fulgor baço da terra
que é Portugal a entristecer –
brilho sem luz e sem arder,
como o que o fogo-fátuo encerra.

Ninguém sabe que coisa quere.
Ninguém conhece que alma tem,
nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ância distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...

É a Hora!

Espero que não vejam isto como uma repetição, ou como uma despedida, e sim como uma simples e banal maneira de dizer que conseguimos, à nossa maneira, mas conseguimos...